segunda-feira, julho 18, 2005

Crítica no Expresso


Excertos da crítica feita por Vanda de Sá ao último disco do Olisipo no Expresso desta semana: Chamada de atenção para um belíssimo disco de música portuguesa que sob o título Tenebrae reúne obras dedicadas ao culto dos mortos e ao ofício de Trevas.(...) Este reportório tem merecido as melhores atenções por parte de alguns dos mais consagrados intérpretes de música antiga, como H. Christophers ou Ph. Herreweghe, desde os anos 80.(...) Desta feita o Grupo Vocal Olisipo, fundado em 1998, sob a direcção de Armando Possante, afirma-se da melhor forma no quadro de uma discografia altamente competitiva. Correcção e elegância estilística, homogeneidade sonora e de articulação, a par de uma textura transparente e luminosa estão entre as qualidades interpretativas. Rigor de afinação (que constitui particular deleite neste reportório porque determinante no colorido e p.e. ao fraquejar retira algum brilho ao Intróito da Missa de Cardoso). Ainda fraseado muito bem "respirado", perfazendo longos arcos que se encadeiam numa longa estrutura de grande consistência e entranhada espiritualidade. Assume particular relevância a divulgação dos Responsórios de Francisco Martins, música de uma beleza extraordinária a que os Olisipo parecem particularmente sensíveis, pois é aqui que atingem alguns dos seus melhores momentos (p.e. "Vinea mea electa"). No estado de maturidade em que se encontra espera-se que o agrupamento Olisipo encontre um horizonte generoso para o alargamento, que se deseja urgente, da sua discografia.

2 comentários:

Anónimo disse...

E há mais: no Público de 04.06.05 o Manuel Pedro Ferreira escreveu: "O GVO, dirigido por A. Possante, é sem dúvida o melhor agrupamento vocal de câmara em Portugal, e, sob vários critérios, um dos mais sólidos intérpretes de música renascentista e contemporânea para vozes solistas do espaço europeu..."

Possante disse...

Tens que me arranjar essa crítica :-)